Ricardo Cabrera e as Meninas
A história da minha família com a Bracolândia começou em 2004. Era uma manhã de sábado na USP, quando eu encontrei a Morgana caçando sozinha. Abri a porta do carro e ela pulou para dentro. Peguei a Adelaide no ICB e fomos procurar o dono dessa cachorra. Perto do Hospital Universitário encontrei a Mariana com 2 Bracos Alemães (Bala e Pagú) e ela não tinha percebido que a sua cachorra havia sumido. Conversamos brevemente e falei que já tinha visto a raça em algumas exposições de estrutura. Na semana seguinte, fomos conhecer uma ninhada da Pagú na casa da Mariana. Lembro que a Bala ficou o tempo todo deitada em cima do meu pé. Adoramos a raça e comecei a acompanhar o Canil do Balaco Braco. Mas ainda não era hora de ter um cachorro, pois tínhamos acabado de comprar um terreno para construir uma casa e casar. Em 2006 aconteceu o nosso casamento e no ano seguinte adotamos uma vira-lata (Lana) e pegamos uma boxer (Honey). Ainda tínhamos receio do temperamento do Braco Alemão com futuras crianças. Eu também queria um cachorro para me acompanhar nas corridas. Algum tempo mais tarde descobri que existia um esporte novo na Europa onde o dono corria atrelado ao cão. Foi um passo para adequação ao Canicross. E o Braco Alemão é uma das raças mais utilizadas nessa modalidade esportiva.
Infelizmente em 2013 perdemos a Honey. Estávamos tristes e com uma cachorra deprimida no quintal. Além disso, já tínhamos duas meninas (Isabela e Gabriela) e precisávamos melhorar o astral de casa. O novo cachorro, além de ser esportista, tinha também que ser perfeito com duas crianças de três anos. Não poderíamos errar. Depois de muita conversa com a Adelaide, eu falei: ?EUR?Que tal um braco da Mariana??EUR?. Mostrei a ninhada O que tinha nascido e a gente gostou do filhote de fita amarela (Othelo 2013 do Balaco Braco). No dia 12 de dezembro, finalmente trouxe um Braco Alemão para casa. A Lana se deu muito bem com ele, dormiram aninhados na casinha desde a primeira noite. As meninas adoraram a novidade e deram o nome de Rocambole (cachorro da Moranguinho rsrs). Ainda bem que eu consegui apelidá-lo de Roco.
Roco é tudo que queríamos. Ele é dócil e companheiro das meninas. Os três vivem brincando no quintal. Mas ainda tenho que controlá-lo, quando fica muito eufórico. Divide o mesmo osso com a Lana. Outros cães são recebidos com festa. ?? lindo vê-lo ?EURoeamarrando?EUR? pássaros e insetos sem nenhum treinamento para caça. Como um típico cão de trabalho, não suporta muito bem ser deixado sozinho no quintal. Ele tem muita energia que deve ser canalizada para o bem. Já se foram duas casinhas e algumas plantas. Ainda está em fase de treinamento no canicross, por causa da pouca idade. Nas corridas curtas já consigo perceber a força combinada com resistência. Enfim, depois de 9 anos aprendendo sobre a raça, temos certeza que fizemos a escolha correta. ?? uma raça incrível e um cão maravilhoso.
Ricardo R. Cabrera
Biólogo – Cotia – SP